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Eu sofria/sofro com a mesma coisa, OP, e por isso vou aconselhar um livro que me ajudou imensamente nisso: O Poder do Hábito.

Se eu precisasse resumir a maior lição que aprendi com esse livro, seria basicamente isso: nosso cérebro trabalha a partir de um sistema de recompensas, ou seja, devemos fornecer algum tipo de recompensa se quisermos adotar um novo hábito ou resolver problemas de procrastinação, por exemplo. Afinal, o que é a procrastinação? É o cérebro buscando recompensação instantânea, seja com filmes, séries, memes ou o que for, e deixando de lado o que traria a recompensa a longo prazo. Em outras palavras, temos uma criança dentro de nós que acha mais lógico ganhar R$ 5,00 agora do que R$ 50,00 daqui a um mês.

Sendo assim, se quiser criar o hábito de correr, assiste um episódio da tua série favorita como recompensa, mas apenas após correr. Quer estudar pra OAB? Compra aquele salgado gorduroso e maravilhoso, mas come apenas depois da sessão de estudos. Melhor ainda, guarda o pensamento de que precisamos fazer algo novo por apenas 21 dias antes que isso se torne um hábito e uma necessidade, porque depois as endorfinas soltas quando terminamos essas atividades se tornam a recompensa.

Pensa em um sistema de "hábito saudável = recompensa" por pelo menos 21 dias, e tenho certeza de que vais conseguir dar a volta por cima como eu fiz. ;)

Boa sorte, OP!

Fun fact: meu professor de lógica era formado em Engenharia Civil.

Outra coisa: sua indecisão entre computação e artes me lembrou desse cara (ele acabou juntando esse e outros artigos que ele escreveu e publicou um livro, chamado Hackers and Painters).

Mas então, pegue esse diploma mesmo se não for trabalhar na área. Você já ganhou competências gerais em informática (algo sempre muito bom) e específicas em várias áreas técnicas da computação. Você pode se dar bem criando arte no computador, talvez arte para jogos ou para publicidade por exemplo.

Parece depressão.

Você se importa muito com seus amigos serem felizes mas acabou esquecendo de si mesmo.

Você sente-se sozinho porque não se considera ninguém. Mesmo em uma multidão, o vazio interior é latente, porque ali dentro era para você estar, contudo, você se perdeu.

>com um pouco de auto estima, sempre alguém acaba com ela

Aparentemente, você se importa demais com o que os outros dizem ou fazem. Um pouco de "foda-se" faz bem.

Recomendo um livro, "A sutil arte de ligar o f*da-se", de Mark Manson.

Aqui está o livro.

Há alguns livros que ajudam, outros são ladainha. Este que recomendo, é interessante.

Boa sorte.

Edit: Adicionei Link.

Cara, eu sofri bastante com isso que você tá vivendo e eu diria que é um dos motivos de eu ter passado tantos anos depressivo, mas com o tempo eu aprendi a lidar com a famigerada social anxiety e o overthinking (usei termos em inglês, pois eu os acho mais completos). Hoje eu sou uma pessoa sociável, consigo sentar e conversar numa boa sem me sentir desconfortável, ainda tenho um longo caminho pela frente, mas essa pequena melhora já me rendeu bons frutos.

Eu não usei nenhum material muito específico e se eu fosse escrever várias dicas o post ficaria gigantesco, então vou te dar os first steps de por onde começar, e lembre-se É TUDO COISA DA SUA CABEÇA, SEMPRE.

Livros:

Meu favorito

Esse também é bom

O livro Models (https://www.amazon.com/Models-Attract-Women-Through-Honesty-ebook/dp/B005EOTH24) fala um pouco sobre isso. Recomendo.

Man da uma olhada nesse material: https://www.cci.health.wa.gov.au/resources/looking-after-yourself/social-anxiety. Tem um livro muito foda de uma mina q tem axiedade social https://www.amazon.com/Were-All-Mad-Here-No-Nonsense/dp/1785920820. Cara vai em um psiquiatra, tomar antidepressivo me ajudou pra caralho, e tb tenta ir no psicólogo.

A primeira coisa que eu tenho a dizer é: não se rotule.

Você disse que foi diagnosticado com fobia social severa. Daí a tendência é você usa isso como um paradigma e, ainda que implicitamente, no fim das contas, você acaba agindo como alguém que tem fobia social, mesmo quando poderia agir de outra forma. Em vez disso, pense em algo mais saudável, por exemplo, em vez de pensar "eu tenho fobia social" pense "eu tenho curiosidade sobre a dinâmica da interação social e vou me empenhar para suprir esse necessidade, vou aprender o máximo que eu puder sobre isso e aplicar o que eu aprendi".

A segunda dica que eu dou é: coloque-se em situações em que as pessoas (i) têm interesses em comum com você e (ii) têm que interagir entre elas. Faça isso de forma gradual, sempre tentando ir um pouco além do seu limite a cada vez. Pode ser um esporte, um curso... acredito que aulas de teatro seriam excelentes no seu caso. Pode ser até mesmo uma coisa que você já faça sozinho, e que você pode passar a fazer com outras pessoas. Se for uma coisa que você faça bem, melhor ainda, pois as outras pessoas vão reconhecer seu valor e você vai se sentir mais à vontade.

Uma coisa que me ajudou foi ter feito curso de inglês, porque havia momentos em que eu tinha que interagir com as outras pessoas. Mas como ninguém lá sabia falar inglês direito ainda, todos acabavam ficando um pouco inseguros na hora de interagir e ninguém ia me julgar pela minha insegurança já que eles presumiam que seria por eu ainda não dominar a língua. Daí eu tomei gosto por estudar inglês, virei o melhor da turma e, como resultado, muitos dos meus colegas vinham interagir comigo espontaneamente e de forma amigável, as mulheres também. No fim das contas, fiz alguns bons colegas com quem mantive contato mesmo depois de ter saído do curso.

A terceira dica que eu posso dar é, se você sabe ler em inglês, estude o livro Psycho-Cybernetics. E eu disse estude de propósito, que é para vc ler com calma, sempre pausando para fazer anotações e relacionar com a sua vida. Apesar de ser um livro publicado há muito tempo, tem ensinamentos utilíssimos. (se não souber ler em inglês, tente achar a versão em espanhol na internet). Se for ler mesmo esse livro, saiba que algumas opiniões do autor são meio que ultrapassadas, mas a ideia central é válida. Esses dias mesmo eu estava assistindo a uma palestra do Miguel Nicolelis e teve um momento que ele falou algo que é, praticamente, a premissa centra do livro.

Outro livro que também é muito útil é Como fazer amigos e influenciar as pessoas. Esse livro dá ensinamentos práticos de como interagir com os outros. Ele me ajudou MUITO!

Uma analogia possível de se fazer sobre esses livros é a seguinte: se em vez de aprender a lidar melhor com gente, você pretendesse aprender a escrever textos melhores você precisaria (i) aprender a ter ideias mais criativas e (ii) aprender boas técnicas de escrita para por no papel o que você criou em sua mente, certo? No seu caso, o primeiro livro ensina como ter ideias criativas a respeito de você mesmo. Ele ensina a construir uma imagem melhor de você mesmo, para que você tenha mais segurança na hora de agir. Já o segundo livro ensina as técnicas sobre como expressar quem você é perante as outras pessoas, de modo que seja mais agradável para todo mundo.

Mais um livro que eu posso indicar é A mente vencendo o humor. Esse livro ensina técnicas de Terapia Cognitivo Comportamental para você aprender a controlar e alterar seus pensamentos e suas emoções. Como você disse que tem fobia, acho que vai ser muito útil. Se for ler esses livros que eu estou indicando, comece por esse aqui!!

AAhhhh uma dica prática que eu já ia esquecendo. É o que eu chamo da "regra do 'e você?'". Para puxar conversa com alguém vc pode falar sobre qualquer coisa, mesmo que seja corriqueira, vc expressa seu ponto de vista e termina dizendo, "e você?". Isso impede aquele silêncio constrangedor, que faz agente pensar que falou besteira ou que a outra pessoa não está nem aí. Vc faz isso e presta atenção à reação da pessoa... vê se ela está tentando corresponder à interação, se está investindo na conversa também... não se julgue nem se puna se isso não acontecer. Deixe as coisas acontecerem e faça os ajustes necessários ao longo do caminho. Tente também prestar mais atenção ao que a outra pessoa tem a dizer do que aos seus pensamentos, ou ao que você acha que deve falar em seguida. Mas também não vire totalmente passivo. Volta e meia faça um comentário, diga "que legal" quando achar algo legal, se a pessoa contar algo de que ela se orgulha dê um hi5 (um "bate aqui na minha mão")

Eu digo isso porque o nosso cérebro e um algoritmo de Inteligência Artificial funcionam de forma mais ou menos semelhante (aqui vai mais um livro em inglês. Esse, porém, é um ebook gratuito e se chama Boundless Mind). Portanto, naturalmente, nas primeiras tentativas você pode fazer o papel do cara chato, esquisitão, pode ficar sem saber o que falar, etc., mas se prestar atenção, aprender, corrigir e repetir, meio que como um mantra mesmo, o que eu disse lá no começo (eu tenho curiosidade sobre a dinâmica da interação social e vou me empenhar para suprir esse necessidade, vou aprender o máximo que eu puder sobre isso e aplicar o que eu aprendi), você vai melhorar aos poucos.

Acho que é isso. Se eu pensar em mais alguma coisa, volto aqui para complementar. Boa sorte!